Uma região de belezas históricas. Dizem até que por lá há uma energia característica e única. Estamos falando da região das Missões. Os antigos povoados são hoje patrimônios nacionais e também da humanidade. Mas o povo missioneiro revela um patrimônio muito maior do que isso.
Os resquícios das antigas reduções são o patrimônio material que temos aqui na região. Mas existe algo maior do que isso, que não se pode ver, nem mesmo tocar. É o nosso patrimônio imaterial. O orgulho de ser deste chão, a terra sem males. Um sentimento tão sólido quanto as paredes que estão aqui há mais de 300 anos. Um sentimento vivo dentro do coração de cada missioneiro.
_Meu nome é Claudino De Lucca, eu sou poeta, cantador e missioneiro, com muito orgulho. Quero aproveitar essa oportunidade pra falar o que é ser missioneiro. O que é pertencer a esta terra de história tão grande e tão bonita e tão dolorida que é os Sete Povos das Missões.
Este patrimônio material que nós temos é pequeno se comparado com outros países da América do Sul que viveram situações semelhantes às nossas. De qualquer maneira, tem que se destacar uma coisa: essa cultura, esse amor que nós temos, essa paixão em ser missioneiro, basta circular por aí pra gente ver rodovia com nome de Sepé Tiarajú, emissoras de rádio, jornais, lojas, postos de gasolina. Então, nós incorporamos essa história e vemos daqui pra frente cada vez aumentar mais.
Os outros gaúchos nos respeitam e nos admiram porque nós somos missioneiros. Nós temos um comportamento diferente, nós temos uma literatura, nós temos uma música e, posso até exagerar, mas o amor às nossas raízes, às nossas tradições, é mais forte.
Ser Gaúcho é muito mais do que ter nascido no Rio Grande. Ser Gaúcho é um estado de alma_finaliza.