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Sitio Arqueologico de São Miguel |
Nesta quarta-feira, 6, o Jornal do Almoço começou a apresentar a série Rota Missões. Em comemoração, aos 10 anos do produto turístico missioneiro, todas as quartas-feiras, a RBS TV vai mostrar um pouco dessa região que é referência para todo o Estado. Nesta primeira década, a união dos municípios fez crescer o que a região tem de melhor: o turismo.
O sítio arqueológico de São Miguel das Missões. O Centro Histórico e a Catedral Angelopolitana de Santo Ângelo. O Centro Germânico e a estátua de São Pedro, em São Pedro do Butiá. Alguns dos pontos turísticos missioneiros. Destaques que integram o Rota Missões, um produto turístico, conjunto de atrativos dos municípios.
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Catedral Angelopolitana Santo Ângelo |
O Rota Missões integra a Fundação Missões e surgiu da iniciativa de 16 municípios e entidades empresariais da região. A união foi pensada para facilitar a captação de recursos e o encaminhamento de projetos. Nestes 10 anos, muita coisa mudou, pra melhor.
Nós temos investimentos importantes do setor público relacionados ao turismo, como o Centro Histórico de Santo Ângelo. O Deutsch Centro, a estátua de São Pedro, em São Pedro do Butiá. Nós temos agora a revitalização do Espetáculo do Som e Luz, toda a sinalização das estradas aqui da nossa região das Missões feita turisticamente pela fundação_conta o secretário executivo Fundação Missões Giovani Gisler.
Para o secretário executivo da Fundação Missões, esta primeira década também é marcada por um momento especial. A região foi tema de enredo da escola de samba Beija-Flor de Nilópolis. Em 2005, a agremiação carioca venceu o carnaval com o tema “O vento corta as terras dos pampas em nome do Pai, do Filho e do Espírito Guarani. Sete Povos na fé e na dor… Sete Missões de amor”.
A escola de samba divulgou as Missões gaúchas para todo o país. Um marco de desenvolvimento para o roteiro turístico da região.
_O volume de recursos investidos pelo setor público federal, estadual e até dos municípios é muito discrepante, é muito maior depois_diz Giovani Gisler.
A formação do Rota Missões contribuiu para o desenvolvimento turístico da região.Isso pode ser medido em números. Nestes 10 anos, 100% da rede hoteleira ampliou ou reformou as instalações. É que a cada ano em torno de 100 mil pessoas vem conhecer os atrativos missioneiros.
Há ainda o famoso Caminho das Missões. Um roteiro de caminhadas pelas antigas estradas que ligavam as reduções jesuítico-guarani. O percurso começa em São Borja, vai até Santo Ângelo e pode levar até 13 dias. Parte do trajeto foi feita essa semana por um grupo de bolivianos, paraguaios e argentinos.
_A gente se reencontra com a identidade mesma que significou o legado dos jesuítas e do povo guarani_diz o turista boliviano Germain Caballero.
_Foi uma experiência muito boa, muito linda_diz o turista paraguaio Christian Vömel.
A história e a cultura também foram referência para a criação de móveis missioneiros. Fabricados por um grupo de marcenarias, o objetivo foi desenvolver uma identidade também no mobiliário bem como o artesanato inspirado nas cores marcantes do céu, do chão e do por-do-sol das missões, as peças revelam a arte em pedra, vidro e madeira. Tudo revela a expressão de orgulho das origens missioneiras.
Um orgulho herdado do herói guarani Sepé Tiaraju que lutou contra espanhóis e portugueses pela manutenção do território das Missões. Todo este legado hoje pode ser visto de perto e a história mais aprofundada e revisitada por turistas com o desejo de desvendar tantos mistérios.
Texto: Rafael Ristow, RBS TV Santo Ângelo
Texto: Rafael Ristow, RBS TV Santo Ângelo